EF-151 - Ferrovia Norte-Sul - FNS
A Ferrovia Norte Sul – FNS de Barcarena/PA–Rio Grande/RS foi projetada para promover a integração nacional, minimizar custos de transporte e interligar as regiões brasileiras, por meio das suas conexões com ferrovias novas e existentes.
A construção da FNS foi iniciada por trechos, na década de 1980, a partir de sua ligação com a Estrada de Ferro Carajás – EFC. O traçado inicial previa a construção de 1.550 km, de Açailândia/MA a Anápolis/GO, de modo a cortar os Estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. Com a Lei nº 11.772, de 17 de setembro de 2008, foram incorporados a esse traçado os trechos de Barcarena/PA a Açailândia/MA e de Ouro Verde/GO a Panorama/SP.
Em 27 de junho de 2006, a VALEC iniciou o processo de licitação para contratar a subconcessão do subtrecho da Ferrovia Norte Sul de Açailândia/MA a Palmas/TO, com extensão de 719 km. Em 3 de outubro de 2007, a Vale S.A. arrematou, com lance de R$ 1,478 bilhão, a subconcessão para exploração comercial por um período de trinta anos. Em face da exigência do Edital de licitação para subconcessão, foi criada a empresa Ferrovia Norte Sul S.A., que efetivou o contrato em 20 de dezembro de 2007. Hoje, essa subconcessionária é responsável pela conservação, manutenção, monitoração, operação, melhoramentos e adequação desse trecho ferroviário.
Em 2012, a VALEC concluiu o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental – EVTEA dos trechos Barcarena/PA a Açailândia/MA e de Estrela d’Oeste/SP a Panorama/SP. Também contratou o EVTEA dos segmentos Panorama/SP a Chapecó/SC e Chapecó/SC a Rio Grande/RS. Com isso, será concluída a ligação ferroviária Barcarena/PA a Rio Grande/RS com 4.787 km de extensão, em bitola larga, o que vai configurar uma verdadeira espinha dorsal dos transportes ferroviários.
Fonte: Valec
DUPLICAÇÃO DA EFC -ESTRADA DE FERRO CARAJÁS
Este projeto prevê aumentar de 130 milhões de toneladas métricas por ano (mtpa) para 150 mtpa a capacidade de transporte e escoamento das minas de Carajás, no Pará. Para isso, a Vale vai duplicar 115 quilômetros da Estrada de Ferro Carajás, comprar locomotivas e vagões e construir o quarto píer do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira.
Fonte: Vale
FERROVIA TRANSCONTINENTAL
A Ferrovia Transcontinental foi planejada para ter aproximadamente 4.400 km de extensão em solo brasileiro, entre o Porto do Açu, no litoral do estado do Rio de Janeiro e a localidade de Boqueirão da Esperança/AC, como parte da ligação entre os oceanos Atlântico, no Brasil, e Pacífico, no Peru.
Entre Campinorte/GO e Vilhena/RO, com estimados 1641 km de extensão, essa ferrovia é denominada Ferrovia de Integração do Centro Oeste – FICO.
Fonte: Valec
INVESTIDORES PLANEJAM FERROVIA E PORTO DE R$ 16 BI NO PARÁ
Investidores estrangeiros planejam a construção de uma ferrovia de 1,2 mil quilômetros no Pará e de um grande porto no nordeste do Estado para escoar minerais e produtos agrícolas, em uma obra de 16 bilhões de reais, disseram nesta segunda-feira o governo estadual e a empresa responsável pelo projeto.
A ferrovia estadual, que deverá ser uma concessão privada, seguiria um traçado paralelo ao trecho norte nunca finalizado da Ferrovia Norte-Sul, de concessão federal.
A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeme) concedeu à Pavan Engenharia, de São Paulo, autorização para realizar estudos preparatórios que demonstrem a viabilidade da ferrovia ligando sul e sudeste do Pará até o litoral nordeste do Estado, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira.
A futura estrada de ferro, já batizada de Fepasa, deverá ligar áreas de extração de minerais e de produção agrícola a um porto a ser construído no município de Colares, ao norte de Belém, passando pelo porto de Vila do Conde, em Barcarena.
Os investimentos privados previstos para a ferrovia são de 8 bilhões de reais, mais 6 bilhões para o porto e outros 2 bilhões para a construção de um condomínio industrial próximo ao porto.
"Tem já investidores chineses interessados, alemães, porque está todo mundo atrás de infraestrutura", disse à Reuters Renato Pavan, diretor da Pavan Engenharia, responsável pelos estudos e contato com investidores.
A região de Colares foi escolhida porque tem calado natural profundo, permitindo a atracação de navios de grande porte que atualmente não conseguem acessar terminais em Santos (SP) e Paranaguá (PR), por exemplo.
"Quando a ferrovia paraense estiver pronta, ela poderá se ligar à ferrovia Norte-Sul, como acontece no Paraná, onde a ferrovia estadual se liga com a federal. Uma pode complementar a outra", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico Adnan Demachki, em nota.
Segundo o governo do Estado, a expectativa é que já no primeiro ano de funcionamento da ferrovia a demanda será de quase 30 milhões de toneladas, principalmente minérios e grãos, com o volume subindo para 48 milhões de toneladas anuais em cinco anos.
Segundo Pavan, uma das minas a serem viabilizadas com a ferrovia, no município de Redenção, será capaz de produzir 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, com teor elevado de ferro (67 por cento).
"A ferrovia viabilizaria a exploração de minas de ferro, níquel e cobre no sul do Pará, que hoje não estão sendo exploradas por falta de logística, como também viabilizaria, através de ramais, as operações de outros empreendimentos, como é o caso da Votorantim Metais, que possui projeto pronto para instalação em Rondon do Pará", disse o secretário.
Após a conclusão dos estudos, deverá ser aberta uma licitação pública para a concessão da ferrovia, segundo o governo estadual.
Fonte: Exame